segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Não era a mesma coisa.



Por vezes, ponho-me a pensar no que é, a vida, e… no que foi num passado pouco remoto.

Houve uma transformação de que quase não nos apercebemos, mas que a mudou de uma forma radical.

Quando era mais novo, o que aconteceu há muito tempo, a vida era calma sem ser monótona.

Não havia nenhuma destas tecnologias que nos alimentam e nos absorvem e, sem as quais já não sabemos passar.

O telemóvel? Nunca tinha ouvido falar. Quando apareceram, grandes, caros e inestéticos, olhei para eles como se olha para um animal esquisito. Andar com aquilo atrás? Deus me livre, nem pensar.

Mas não passou muito tempo e este amigo lá foi comprar um Nókia, grande, forte e feio. Mas era um telemóvel.

Depois, tem sido aquele martírio de comprar o último modelo, que em regra no dia a seguir já está ultrapassado. Mas que fazer? Sou quase um escravo desses aparelhos.

Com a escrita foi o mesmo. Blocos de papel onde ia alinhando de forma sistemático as minhas ideias, que depois jaziam numa gaveta, até que numa fúria de arrumação os levava direitinhos ao caixote do lixo.

Apareceram os computadores acessíveis ao comum dos mortais e a vida mudou. Primeiro de uma forma mais limitada, até a quase vulgarização.

Que maravilha, escrevemos, emenda-nos os nossos erros e guarda até querermos.

E ainda nos permite criar blogues e, outras coisas que nos deixam compartilhar com os conhecidos e amigos.

Tem sido um crescendo que, às vezes, já me custa a acompanhar.
Tenho que fazer algum esforço.

Hoje é assim, amanhã muitas mais surpresas nos irão estar reservadas porque a imaginação do homem não tem limites.

Muitas vezes, parafraseando um conhecido anúncio, pergunto:

Eu saberia viver sem isto?

Saber sabia.

Mas não era a mesma coisa!


quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Sinal de esperança



Anda a loucura contagiando tudo e todos.

Parece que algo demoníaco se apoderou dos homens e mulheres da nossa terra.

O respeito deixou de fazer parte do vocabulário desta sociedade corrupta, maléfica e destituída de sentimentos.

Mulheres agredidas, velhos mal tratados, crianças abusadas, guerras fratricidas, atentados que ceifam a vida dos inocentes.

Mas nem tudo está perdido, hoje uma notícia trouxe uma mensagem de alegria.

Um padre, por amor, renunciou ao apostolado para seguir a mulher que ama.

É um sinal de esperança, ainda é possível que o “amai-vos uns aos outros”, seja uma realidade.

Tenhamos confiança.

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Elegia




Quero sentir o lençol do teu corpo,
Nos abraços que se perdem na loucura,
Ouvir as palavras murmuradas,
Nos mágicos instantes de ternura.

Sentir o fogo que me abrasa,
Nos gemidos loucos do momento,
Flutuar em mágicas convulsões,
Dar mágica liberdade ao pensamento.

Ser eu nos momentos delicados,
Nas promessas de uma amor adormecido,
Nos corpos que repousam já sem jeito.

Despidos, sonolentos, tão prostrados,
Na loucura do anseio entorpecido,
Na certeza… do desejo satisfeito.



segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Ando doido...




Ando um pouco doido.

Escrevo de forma louca e quando penso em publicar, no Blogue, tenho que desistir.
Foi de mais. No blogue temos que ser comedidos, pois se nos tornamos chatos corremos o risco de ninguém nos ler e, digam o que disseram, nós gostamos mesmo das visitas e das palavras amigas que por vezes nos deixam.

Não sou própriamente vaidoso, mas o meu ego incha quando leio - mesmo que sejam lugares comuns - umas palavras de apoio e motivação.

Por vezes, voltando ao escrever de mais, quando dou por mim já vou no segundo capítulo de qualquer novela.

Depois, corta aqui, corta ali e o que fica não é nada do que pretendia.

Fico fulo e pumba, desligo e quando o computador pergunta se quero guardar, digo não, embora... muitas vezes depois me venha a arrepender.

Mas, também, uma grande parte da minha vida é feita de arrependimentos.

Um dia, digo isto há tanto tempo, deixo fluir o pensamento e vou até onde a imaginação e engenho me leve.

Depois vejo e revejo o que resulta e... pode ser que fique um romance para oferecer aos amigos num Natal.
Qual Natal? Não sei!

Se ninguém o ler, o mais provável, fica sempre realizado um dos três trabalhos do homem:
Escrever um livro.

Os outros dois... já as cumpri.

domingo, 15 de novembro de 2009

Fooo...gggooo




Estou como o dia.

Tédio profundo, um deixa andar de desconforto num dia amorfo e sem vontade de reação.

Invento um cigarro, ao fim destes anos todos sem fumar, e deixo que as espirais de fumo me levem num emaranhado de formas confusas.

Imagino-me com um copo de whisky, eu que detesto aquele gosto misto de álcool com tintura de iodo, e revejo-me num líquido dourado em que três pedras de gelo quebram uma certa monotonia.

Leio cinco páginas dum livro e volto ao princípio, pois a minha memória passou sem que nada ficasse retido.

Ando confuso, apetece-me sair e ao mesmo tempo a chuva e o vento desmotivam qualquer vontade.

A televisão vem agravar mais este desconforto existencial que se apoderou de mim.

O presidente do meu clube, depois de tanto alarido, dá um tiro no pé e vai contratar um treinador sem fibra e sem capacidade para dar uma pedrada no charco da
incompetência que lavra no reino do leão.

Não posso compreender.

Só me resta dizer fo....ooogo.

Bem..... não era própriamente fogo que eu queria escrever.

Mas ficamos assim!

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Ingrata? Não....






Hoje é um dia muito especial.

Corro o risco de me repetir em relação ao que disse em anos anteriores.

Mas que importa, se essa repetição servir para reforçar uma amizade que, se tem alicerçado ao longo dos tempos.

Há amigos tão especiais e, que nos marcam de tal forma, que deixamos de os ver como amigos e passam a ser como que parte da nossa família. Sofrermos quando eles sofrem e regozijamos com as suas alegrias.

É o que acontece com esta amiga, tão especial, que entrou no nosso coração e, agora, ocupa um lugar muito próprio.

Hoje brindamos pelo seu aniversário esperando que “quem manda em nós”, lhe concretize todos os seus desejos.

Eu e Ilda estamos consigo. Muita força por que vai conseguir.

Muitos Parabéns AnaT.


quinta-feira, 12 de novembro de 2009

O meu canto



Os salpicos do meu Blogue, são lágrimas da minha vida;
Pedaços que o tempo deu. Memória nunca esquecida;
São lamentos que eu deixei. São coisas do meu passado;
Ternuras que recebi, dum destino mal fadado;
Agruras nunca esquecidas, que carrego no meu ser;
Imagens que nunca morrem, não as quero deixar morrer;
Grito, lágrimas e desgosto que o destino me reservou;
Saudades, que me atormentam, de quem foi e me deixou:
São salpicos disfarçados em poesia sem rima;
Para enganar a tristeza que me postaram em cima;
São canções que eu não canto e ninguém as quer cantar;
Emoção tão reprimida, que ainda me há-de matar;
Lágrimas do meu sofrer. Poemas do meu sentir;
Saudades do que passou, medos do que está para vir;
Tormentas que me angustiam de forma tão dolorosa;
Saudade do que não tenho, desta vida tão penosa;
Romance do infortúnio, que um dia hei-de escrever;
Palavras gravadas por mim e que ninguém irá ler;
Renascer no tempo vindo, num tempo que chegará;
Num dia que não existe e que nunca existirá;
Morrer como quem nasce, na dor de quem nos pariu;
Deixar por fim esta vida... pensando que não existiu.

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Por vezes, sim....



-Tio. Tu tens medo do escuro?

Resposta difícil a uma questão tão simples.
Dizer que não, é mentir. Dizer que sim, é alimentar uma lenda de “cocas” e “papões” que não tem razão de existir.

-Não querida. Porque havia de ter medo do escuro? O escuro não existe, o escuro é só porque a luz está apagada.

Mas a verdade é que muitas vezes tenho medo do escuro. Quantas noites, eu, fico perscrutando os indetermináveis sons que a minha imaginação alberga.

-Sabes amor, é natural que quando não vemos as coisas fiquemos com receios. Mas medo não devemos ter.

Tantas vezes, sinto que algo se move no meu medo. Oiço as vozes do meu desassossego.

-Mas tio todos os meninos e meninas tem medo!

Todos os meninos e tantos adultos. Nós dizemos que não, mas há algo que nos atemoriza. O escuro é como o desconhecido e, só os mais intrépidos se aventuram nessa descoberta.

-Tio agora que estás ao pé de mim, podes apagar a luz que eu não tenho medo.

-E eu ao pé de ti também não. Dorme descansada!

Fico absorto no enlevo do sono tranquilo.
Os meus medos ficam para depois, para quando a solidão se alberga dentro de mim.



terça-feira, 10 de novembro de 2009

Sentir......





Quero sentir as pétalas do teu corpo
Da rosa desfolhada devagar
Murmúrios que ensurdecem na saudade
Do amor que não consigo encontrar

Quero beber a seiva que alimenta
O fruto desejado do sentir
Ver a luz dos olhos que me cegam
Dos lábios que não sabem mais sorrir

Gritar bem alto esta revolta
Que sangra… dolorosa no meu peito
Sentir-me perdido no caminho
Nesta forma desastrada…neste jeito

Quero ser o poeta da desgraça
Sentir a loucura do amar
Cantar minha mágoa dolorida
Da rosa desfolhada devagar



terça-feira, 3 de novembro de 2009

Só nós .........



Não sei se foi um sorriso ou e se foi apenas um esgar que lhe arrepanhou os lábios. Havia tanta tristeza naquele rosto que o brilho se perdia e deixava, apenas, um franzir quase imperceptível.

Olhei os olhos que me fitavam e tentei vislumbrar alguma chama naquele olhar tão triste.

Pareceu-me que uma lágrima, teimosamente, queria escorrer mas que o orgulho que lhe restava conseguia segurar.

Era uma angústia reprimida, um sufoco que apertava o coração de uma maneira tão intensa que se notava na mágoa daqueles olhos.

Fiquei deslumbrado pela beleza escondida e abafada por tamanho sofrimento.

Que seria que, tão intensamente, perturbava aquele rosto radiante de beleza, mas tão carregado de mágoas?

O meu pensamento cogitava tantos motivos. O marido fugiu com uma brasileira mais afoita?

O namorado descobriu que afinal não gostava, especialmente, de mulheres?

Timidamente aproximei-me e perguntei o que ensombrava a beleza daquele olhar?

Fitou-me de uma forma curiosa, aproximou a boca do meu ouvido e contou-me todas as suas mágoas.

Compreendi o sofrimento.

Era minha irmã na desgraça.

Encostamos as nossas cabeças e choramos em uníssono.

Um Presente..., Um Desafio...



Hoje fui presenteado com este selo pelo, http://atomovida.blogspot.com/ e, confesso, fiquei surpreendido mas também muito feliz.

Muito obrigado por esta imerecida escolha.

E agora, terei que responder ao seguinte:

1- Escrever uma lista com 8 características
2- Convidar 8 bloggers para receber o selo
3- Comentar no Blog de quem lhe deu o selo
4- Comentar no Blog de quem escolheu.

Falar de mim é uma tarefa difícil, pois queiramos ou não, nós não conseguimos ser totalmente isentos.

No entanto julgo que sou:

Sincero
Terno
Romântico
Apaixonado
Teimoso
Dedicado
Idealista
Sonhador

Tenho, certamente, outras qualidades mas deixo aos amigos o favor de as descobrirem.

Vou apenas oferecer a um Blogue porque os outros, a quem também gostaria de oferecer, já o receberam.

http://pimpinhasblog.blogspot.com/