Não
gosto dos dias de vento, deve ser mania mas não gosto, pronto!
É o cabelo que abala do sítio e, depois, é mirar as montras para tentar dar um jeito, mas não resulta, fica sempre fora do lugar.
É o cabelo que abala do sítio e, depois, é mirar as montras para tentar dar um jeito, mas não resulta, fica sempre fora do lugar.
Foi na segunda-feira, julgo que andava o diabo à solta, rajadas que pareciam querer varrer tudo e todos e, o meu cabelo num desalinho total.
Sou tão
vaidoso! Corri para a montra, da pastelaria, na esperança do reflexo me deixar
ordenar o desalinho da marrafa, não era importante mas, como disse, sou vaidoso
com o meu cabelo.
Era quase impossível, ajeitava dum lado e logo outros, rebeldes, repunham o desalinho.
Estava
nesta tarefa, quase desnecessária, quando vi ao lado do meu reflexo, uma imagem
de alguém que do mesmo modo tentava, também, com os dedos fazer uma escova.
Sou curiosos olhei, era uma bela mulher. Alta, morena, cabelos negros esvoaçando, mas demasiadamente pintada, para o meu gosto, com cores muito garridas.
Mas
isso é um pormenor, pois uns gostam outros não.
Mas não
havia dúvidas era uma bela mulher!
Tinha tudo e, aparentemente nos sítios devidos e proporções certas, apenas os olhos denotavam alguma lassidão. Talvez cansaço!
Sorri, devolveu um sorriso morno, olhou-me de alto abaixo e fez, pareceu-me, um ar de aprovação. Só sou vaidoso no cabelo mas, confesso, fiquei agradado.
Arrisquei
um olá! Tímido e tentando ser o mais natural possível.
Não
gostei da voz, era sussurrante:
-Olá
para si também!
Não me pareceu
bem, ou talvez, esteja desactualizado, mas - Olá para si também! – afigurou-se-me
descontextualizado.
Ia seguir o meu caminho quando, a senhora, perguntou:
-Não me quer pagar uma bica?
Fiquei
surpreendido mas não consigo ser deselegante e respondi:
-Com
muito gosto!
Pedimos
dois cafés para a mesa da esplanada, ainda não tinha acabado de mexer o meu e
já tinha sorvido o dela.
Levantei-me, depois de pagar, ia despedir-me para seguir o meu caminho quando, a fulana, com uma voz quase sussurrante, perguntou:
-Não quer
passar uma tarde agradável comigo? Para si, que é giro, faço 50 euros.
Não me despedi e jurei para, mim próprio, acabar com a vaidade do cabelo.
Que se
lixasse, estivesse como estivesse!
20 comentários:
Eheheh Manuel, há dias assim. Uns de sorte outros...nem por isso.
Quanto ao cabelo há quem não tenha essa preocupação, mas também gosto de me ver bem penteado...:)
Abraço
Rsssssss...O cabelo foi o charme a mais,rs Legal sempre te ler! abração,chica
Por vezes o vento tem destas coisas e ficamos em desalinho.
O modo como descreves o vento e a vaidade do teu cabelo ...imaginamos o resto ...é como se estivéssemos a vê-lo
Como disse o Luís Coelho, a tua descrição é tão rica que nos permite visualizar o cenário como se estivéssemos lá, nós também a tentar alinhar os nossos cabelos.
Mas há dias assim, uns da caça, outros do caçador...
Um beijinho ao vento
(já que estamos no tempo dele, nem vale a pena reclamar)
(^^)
Que nunca me sinta sozinha
nem afastada das pessoas
que amo.
Peço sabedoria para perceber
a presença de Deus
em todos os corações humanos.
Que minha presença no seu blog
eu venha semear somente a paz,
Que todas visitas , que eu realizar
eu deixe uma semente , que ao
germinar seja somente esperança
a nascer fazendo da sua vida
um mundo de infinita paz.
Que a fé manifeste a cada dia maior,
e você seja mais um anjo a manifestar
evolução mostrando o poder ,
que existe no amor de Deus.
Uma abençoada semana.
Beijos ,Evanir.
Eheheh
A vaidade desmesurada é pecado sabia, Manuel?
Quem é que num dia de vento que mais parecia andar o diabo à solta, se vai preocupar com o cabelo?
Só os que têm medo que o vento lhes leve o resto...:))
Há dias que o melhor é nem sair de casa. eheh
Ando a adorar estas crónicas, Manuel! Farto-me de rir!
Tristezas, que as leve o vento!!
Um beijinho!
Amigo Manuel
O vento desalinha muitas coisas, sem ser apenas os cabelos; descobre verdades que não ousamos acreditar (de antemão).
Fico com um problema a menos: não tenho qualquer vaidade que se assemelhe. Não tenho que correr riscos desses.
Uma boa trama que... dá para reflectir.
Abraços
SOL (debaixo de tormenta)
O Manuel consegue pôr-me sempre com um sorriso com os seus desfechos inusitados! :))
Beijo
Laura
Perdeu o meu comentário, Manuel?
Ou não gostou dele??
:)
Manuel
deixo um beijinho.
vi que deixaste uma mensagem mas por lapso editei a tua e as outras e foi uma lástima pois não sei de quem eram as outras por esse motivo as minhas desculpas..
.............
vamos sorrir sempre os outros não são melhores que nós têm é sempre algo que os "empurra" mas vamos esperar o tempo vai sendo diferente .A verdade também vence e eu acredito.
vamos mostrar o que somos... um beijinho grande para ti meu amigo...
Boa noite,Manuel adorei conhecer seu blog.
O seu texto muito criativo,e bem escrito.Eu também detesto que o vento desmancha meus cabelos.
Eles ficam feios desalinhados,amei desculpe a invasão.
Beijinhos.
Olá Manuel você entrou no blog errado.
http://ocantinhodenelmaladeira.blogspot.com.br/
É verdade Manuel,nem sempre dá certo!Mas vai que cola rsrsr.
Boa noite beijinhos.
estou a sorrir, e, a imaginar a cena..
:)
Olá Manuel,
Você deve ser bem vaidoso mesmo, queria ver essa cena do vento. Essa fulana é rápida , e que tarde em? rsrs. Precinho camarada.
bjs!
Tem atualização!
Texto prazeroso de ler e divertido de imaginar a cena. rs
Grande abraço.
Rosa Mattos
http://contosdarosa.blogspot.com
♩♫♬
Kkkkkkkkkkkk
♯♬ Bom fim de semana!
Beijinhos ♪♫♬
♭♪Brasil
♪♮♩♫
Quantas vezes o vento nos desalinha
um texto que tenho o prazer de elogiar um abraço com todo meu carinho
__________Bjusss Rita!!!!
Manuel
lindo o que escreve!
Tenho de voltar com mais tempo!
Abraço e obrigada por suas palavras e sua presença nos "7degraus".
Maria luísa
EhEh! Mais vale andar despenteado!!! :-D
Enviar um comentário