sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Pobre Santo



Hoje fiquei siderado, não esperava mais esta.

Eu sei que um coro se vai voltar contra mim, são os falsos pregadores de liberdades. São os que à sombra do que é moderno se arvoram em defensores das autonomias, pregadores de costumes latos e, no fundo, não passam por serem, apenas, uns prosaicos defensores do indefensável.

Como já deixei bem vincado, eu sou um fervoroso adepto de todas as liberdades, por isso tenho lutado pela minha, dentro de princípios e regras que não devem extravasar o senso comum.

Concordo que os homossexuais, leia-se paneleiros e lésbicas, tenham a vida que quiserem, que durmam e façam o que bem lhes dá na gana.
Aceito que tenham o gosto de viverem como par, com os mesmos direitos e deveres de todos os casais, legalizando-se para efeitos fiscais e direitos de herança e sobrevivência.

Têm direito a isso!

Agora casar, não, isso nunca. Casar é a união entre dois indivíduos de sexos diferentes, nunca a triste figura de dois seres do mesmo sexo em cenas que, os próprios irracionais, evitam.

Tenho nojo e repulsa quando vejo dois homens, pior que duas mulheres, em cenas de língua dentro da boca.

E quando são dois homens de barba ou bigode?
Ainda pior.

Aceito que estou fora de moda, ou que fui educado com outros conceitos sobre os valores humanos. Fui ultrapassado pelos modernismos.
Pronto, aceito, o erro é meu!

Mas agora, ler num jornal, que a Câmara Municipal de Lisboa vai aceitar inscrições dos homossexuais para os casamentos de Santa António, isso é que não.

Tenho a certeza que é agora que o Santinho salta do altar e quebra a bilha.


7 comentários:

Unknown disse...

Miguel, não sei não, mas acho que não importa muito o que eu sinto, e sim o que os outros sentem de si mesmos. Tento pensar que acredito na liberdade, e que sou capaz de bancá-la, mesmo quando não concordo.

Unknown disse...

Manoel....perece que te chamei de Miguel....desculpe.

Manuel disse...

Não é muito importante e até tenho dois sobrinhos com esse nome.
Eu aceito e liberdade de todos mas, acho que tudo tem limites. Abusos não.
Obrigado pela visita

Guma disse...

Caro Manuel, boa tarde.
Claramente sem me voltar contra si, pois isso seria retirar-lhe a liberdade que tanto almejo para mim, coloco aqui a forma como vejo as coisas, nesta temática.
O casamento entre duas pessoas de sexo diferente foi assim definido em tempo por alguém, não é uma algo que assim se constituiu por obra divina, foram simples humanos como todos nós que assim o definiram. A figura do casamento sofreu pelos tempos fora várias alterações conforme os interesses instalados.
O casamento visto pelo prisma civil, não passa de um mero contrato na defesa dos interesses comuns, embora seja ainda visto por muita gente, de forma diferente e que aceito perfeitamente.
Não faltarei à verdade, se disser que ainda me faz alguma confusão ver em plena rua duas pessoas do mesmo sexo em plena "marmelada". Mas esse é mesmo um problema meu, que tento resolver e aceitar melhor em cada dia que passa, porque nem eu nem ninguém vai jamais travar o evoluir dessas questões.
Os ditos irracionais, que diz fazem por evitar essas cenas à descarada, não é bem assim.
Não faz muito tempo vi na televisão um programa, em que determinados símios fazem dessa prática uma forma de relação amistosa e aprofundam laços, e sem pruridos de espécie alguma, (esta não era uma comparação com os humanos), simplesmente espelhar que com os animais ditos irracionais, temos muito a aprender.
Outra coisa é a abertura dos casamentos de Stº. António aos homossexuais, pois que quando mete santo e igreja, e já que os homossexuais não são bem recebidos pelo instituição, tal não tem cabimento. Pese embora a igreja católica romana devesse ter outras prioridades olhando para dentro, do que estar preocupada com os homossexuais.
Não compreendo também a diferença que vê entre serem dois homens ou duas mulheres namorando. Porque será que duas mulheres não lhe dão o "nojo" que dois homens lhe dão?
Com a idade que tenho e não tão distante da sua, como a partir daí pode calcular, não tive uma educação muito diferente, como tal não pense que é de ânimo leve que fui abrindo margens à minha mentalidade. Tenho sem dúvida alguns pruridos, mas estou em permanente evolução e tenho cinco filhas que apesar de heterossexuais, não quer dizer que a dado momento não mudem as suas escolhas amorosas. Imaginando que algo do género acontecesse a uma delas, iriam baixar na minha consideração ou deixar de amá-las como até aqui? E os netos, sabe-se o que vem por aí? Atenção porque pode acontecer com os nossos!
A terminar, porque estou abusando deste espaço e peço desculpas por isso (mas não faço visitas de circunstância),dizer-lhe que muito aprecio o seu espaço e por discordar em determinada matéria, não quer dizer que não apreciei tudo o resto e com prazer.
Bem haja para o Manuel e se me permitir, voltarei.
Kandandu sincero

Guma disse...

Manuel, boa tarde.
Obrigado pelo seu retorno lá no meu humilde canto e que me desculpe voltar aqui, mas tinha de lhe dizer que o respeito e a consideração que tinha foi aumentada se é possível dizer-se, pois que a amizade e a partilha de ideias, tem de se basear na tolerância pelas diferentes perspectivas e o Manuel é como acabou de o provar (não que fosse necessário) que é uma pessoa de bem e disso eu estava certo.
Acrescento que o texto do seu perfil me diz muito...
Kandandu forte e amigo

Adelaide disse...

Manuel,

Prazer conhecê-lo, graças à Walkyria.
Felizmente encontro alguém que pensa exactamente como eu no que se refere a casamentos não normais.
A que ponto chegamos. E onde chegaremos ainda!!!

Mara

Adelaide disse...

Amigo Manuel,

Que prazer ter encontrado o seu comentário! Foi por um acaso, pois estava no meu blog onde faço as minhas revisões de alemão, melhor dizendo fazia, porque, não sei porque "artes do demónio" todo o conteúdo, com o qual perdi horas e horas de estudo, todo desapareceu tendo o blog ficado completamente vazio. A minha recção foi de absoluto desespero.
Tenho de voltar, outra vez ao princípio, assim que a raiva me passar.
Fico muito contente que visite os meus blogues. São demais, é uma mania minha porque gosto de ter um para cada tema. Loucuras. Muitas mais loucuras eu tenho mas, vou ficar por aqui.

Mara