quinta-feira, 24 de abril de 2008

Esquecido...


Saltei dos bancos da escola
Para a dureza da vida,
Deixei de lado a sacola,
Ficou a infância esquecida

Fui poeta, fui cantor
Quanto amei e fui amado!
Fui camponês, lavrador.
Fui herói e fui soldado,

Andei por terras d' além,
Sem saber que procurar.
Não encontrava ninguém
Ninguém me queria encontrar

Por muitos fui esquecido
Nesta luta sem ter fim
Não perdi, nem fui vencido
Nesta existência ruim.

Só tenho o que sobrou
Da caminhada esquecida,
O pão que o diabo amassou
É o que me resta da vida.

Tantas mulheres que eu amei
Muitas raças muitas cores,
E nunca as esquecerei
Diferentes nos seus amores.

Lutei e andei para frente
Nunca me deixei vencer,
Pois sempre tive na mente
Antes quebrar que torcer.

Mas um dia que passou
Finalmente fui vencido
Foi tudo, nada ficou
E agora ando perdido.

Perdido para todo o sempre
Por tudo o que me levou,
Ando esquecido entre a gente,
Em mim, nada mais ficou.


Eu era um crente total,
Muitas vezes até rezava,
Agora por bem ou para o mal
Eu já não creio em mais nada.

2 comentários:

Unknown disse...

Eu creio em si! E pelo menos em nós devemos acreditar!

Filipa M. disse...

Olá Manuel, Obrigada pelas suas sempre simpáticas palavras.
Aprendi que não devemos adiar nada na nossa vida.
Por isso, faça o favor de escrever mais e não deixar para amanhã o que deve escrever hoje!