segunda-feira, 28 de setembro de 2009
Que me perdoem!
É difícil contentar todos, é impossível fazer a vontade total.
As eleições são mesmo assim, hoje ganham uns, amanhã poderão ganhar outros.
Eu, podem chamar-me masoquista, fiquei contente na escolha que embora não sendo boa era a menos má.
Não vou fazer considerações sobre os candidatos.
Não me interessa se alguns se parecem com a bruxa má dos contos da Branca de Neve, se outros me fazem lembrar o velho padre da paróquia com um sermão estafado, numa falsa voz de bondade ou, ainda, uns vendedores de banha de cobra à porta de qualquer mercado.
Isso não está em causa porque, pobres deles, cada um é o que é.
Que importa que os que nada fizeram, quando o podiam fazer, venham agora criticar os outros que copiando o modelo,também fizeram o mesmo, ou seja, nada.
Lembro uma candidata que criou a taxa moderadora e instituiu o mais injusto imposto sobre as Empresas (o PEC) e vem agora, omitindo ser a autora, dizer mal do que ela fez. Logo os que vieram a seguir, aproveitaram a oportunidade para deixar tudo na mesma.
O último governo foi mau, não tenho dúvida. Houve polémicas, houve alguma prepotência, houve descontentamento mas houve, finalmente, a coragem de fazer algumas reformas que há muito se impunham e por medo da impopularidade foram, sempre, adiadas.
Eu sei que muitos vão discordar mas é um facto que, no plano tecnológico, demos um passo de gigante.
Não precisamos de sair de casa para tirar uma certidão, podemos pagar o selo do carro comodamente pela internet, é fácil tirar a caderneta predial, entregar o IRS e tantas outras tarefas que nos levavam as intermináveis bichas (leia-se filas), não falando das lojas do cidadão que num só local concentra tantas coisas.
Eu, sem estar totalmente satisfeito, continuo a pensar que foi o mal menor.
Que, os que assim não pensam, me perdoem.
Vamos esquecer, curtam a vida, daqui a dois ou quatro anos haverá outra oportunidade.
Melhor dizendo, dentro de duas semanas teremos mais do mesmo.
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